Centro de Educação e Interpretação Ambiental da Paisagem Protegida do Corno de Bico / Atelier da Bouça

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Paredes de Coura, Portugal
  • Arquitetos Responsáveis: Filipa Guerreiro e Tiago Correia
  • Colaboradores: Mathilde Bauchet e Filipa Fernandes (projeto), Jorge Santos Silva e Rui Alves (obra)
  • Fundações E Estruturas, Segurança Contra Incêndios E Isolamento Térmico: Civi4 | Eng.º Alberto Figueiredo
  • Redes De Abastecimento De águas, águas Pluviais, Esgotos E Gás: Civi4 | Eng.º Pedro Couto
  • Electricidade E Telecomunicações: Auditene | Eng.º Silva Fernandes
  • Aquecimento, Ventilação E Ar Condicionado: Auditene | Eng.º Carlos Guimarães
  • Acústica: Sopsec | Eng.º Rui Calejo
  • Construtor Geral: Carlos José Fernandes & C.ª Lda, Eng.º Carlos Loureiro. Encarregados: Sr. Abel Rodrigues Silva e Eng.º Cláudio Barbosa
  • Cidade: Paredes de Coura
  • País: Portugal
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© Arménio Teixeira

Contexto

Situado em Chã de Lamas (Vascões, Paredes de Coura) o Centro ambiental, Edifício sede da Paisagem Protegida do Corno de Bico, foi inserido no conjunto da antiga “Colónia Agrícola da Boalhosa”, obra da Junta de Colonização Interna em finais dos anos 50 do séc XX. A colónia constitui um exemplo raro de grande qualidade de planificação residencial e paisagística no meio rural. Do Projecto inicial da Colónia foram construídas as casas dos Colonos, o Forno Comunitário, a Escola e a Casa do Professor, tendo ficado a igreja por construir. 

Premissas

O projeto do CEIA tem como base uma estratégia de recuperação de todo o conjunto através de uma análise do projeto dos anos 50, da análise factual dos edifícios existentes, propondo uma ocupação e implantação de novos volumes através de analogias funcionais e de forma a interferir o mínimo possível na imagem global da colônia. Os novos volumes propostos relacionam-se sempre com os existentes através de pequenas passagens que fazem a transição entre eles, mantendo sempre distâncias que possibilitem a leitura individual de cada volume, assim como a leitura conjunta dos dois edifícios preexistentes para quem chega de sul.

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Recuperar os edifícios existentes de forma a manter as suas características originais e limpar os acrescentos e as modificações que ocorreram ao longo dos anos de uso, garantindo a manutenção da imagem “moderna”.

A materialização dos novos volumes é executada com revestimento exterior de madeira, de modo a, constituindo uma imagem autônoma em relação aos edifícios existentes, permitam a leitura individual de cada período, e assumindo como elemento primário o material natural, que é transformado na própria linguagem do edifício e de toda uma imagem da Área Protegida, acentuam a modernidade dos edifícios existentes.

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Plantas e Cortes

Considerando que os espaços do centro de documentação pela sua dimensão não eram possíveis de inserir nos edifícios existentes disponíveis, e a ampliação necessária seria excessiva para a garantia do equilíbrio de todo o conjunto, foi necessário encontrar um espaço próprio para esta parte central do programa do CEIA. A constatação de que do plano original, o edifício central de todo o conjunto, a igreja, equipamento público associado à praça, não fora construído, levou à hipótese deste espaço como aquele que faria mais sentido albergar o equipamento hoje pertinente para dinamizar a praça e presidir a todo conjunto.

O local de implantação deste equipamento foi entretanto ocupado por um grande maciço arbóreo que pelas suas características de rigorosa geometria e densidade assumimos como construção em si. O edifício aparece assim como o negativo de uma grande massa construída, aproveitando o espaço da clareira entretanto existente, e elevando-se à altura da copa das árvores deixando-se apenas entrever como uma “casa na árvore” sustentado por uma “floresta” de pilares que se confundem com os troncos das árvores. 

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Edifícios: cantina, ex-escola

A Escola, conjunto de espaço interior, exterior coberto e pátio, tendo como princípio uma sala única com franca relação com o exterior, foi recuperada (a cobertura e caixilharias tinham sido alteradas, e foram repostas na lógica original) servia na perfeição para a instalação da cantina tendo para isso apenas que sofrer uma pequena ampliação, um pequeno volume independente onde se concentra toda a área técnica da cozinha. 

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Edifícios: centro de acolhimento, ex-casa

A Casa do Professor foi igualmente recuperada, mantendo todas as suas divisões e funções, sendo transformada em centro de acolhimento a investigadores permitindo manter o seu carácter de casa e ampliada com um volume em U, onde se distribuem as camaratas e salas de apoio do restante centro de acolhimento para o público geral. 

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A praça

A praça foi desenhada como um alçado horizontal e como caixa de ressonância do edifício que está escondido atrás das árvores, como espaço de chegada, como a porta do edifício.

Foram introduzidos vários equipamentos urbanos (o banco da praça, o lago, bebedouros, jardins de aromáticas e iluminação), fundamentais para que este espaço funcione tanto como complemento dos edifícios enquanto espaço privilegiado de acontecimentos, como espaço de encontro e lazer da população.

A praça coberta, por baixo do edifício foi desenhada como uma ilha artificial que se destaca claramente do restante pavimento natural, sendo um átrio “natural”, recepção e zona de reunião de grupos.  

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Edifícios: centro de recursos, rampa e ceia

O volume a construir levanta-se do chão, de modo a não ferir o terreno, um dos elementos que o caracteriza, e busca a imagem da cabana pendurada na árvore, o abrigo do “coca-bichinhos”. Está suspenso sobre uma série de pilares, organizados aparentemente de forma caótica, pintados de diversas cores, que se misturam com os troncos das árvores fundindo as duas realidades, natural e construída. Esta série de pilares é utilizada não só com função estrutural, mas extravasa o próprio volume e permite lançar pontos de atração sobre edifício através dos percursos que desenha desde a praça. Do mesmo modo, as rampas que acedem ao espaço coberto sob o volume, e deste ao primeiro piso, são utilizadas como percursos de atração não só ao volume construído como também ao maciço de árvores.

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Localização do Projeto

Endereço:4940 Paredes de Coura, Portugal

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Cita: "Centro de Educação e Interpretação Ambiental da Paisagem Protegida do Corno de Bico / Atelier da Bouça" 05 Mai 2022. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/634333/center-for-environmental-education-and-interpretation-of-the-protected-landscape-of-corno-de-bico-atelier-da-bouca> ISSN 0719-8906

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